Tôpico: Virgem e Vibrador... Pode?
A utilização de vibradores por mulheres virgens é um tema rodeado por mitos e tabus na sociedade contemporânea.
Apesar dos avanços em diversos campos do conhecimento, a sexualidade feminina ainda é tratada com uma certa sacralização que não condiz mais com a realidade atual.
Durante a adolescência, as jovens passam por transformações tanto biológicas, como as mudanças hormonais que marcam o início da menstruação, quanto psicossociais.
Nessa fase, elas enfrentam oscilações de sentimentos e humor, buscando se identificar com o mundo e experimentar sensações diferentes ao explorar seu próprio corpo em busca de prazer.
É comum que nessa fase de descobertas, muitas meninas que ainda não tiveram uma relação sexual se sintam tentadas a utilizar brinquedos sexuais, mas também se preocupem em preservar sua virgindade para uma ocasião considerada ideal.
Virgens?
Muitos adolescentes que estão descobrindo sua sexualidade têm dúvidas sobre o uso de brinquedos eróticos, como o vibrador, e como isso pode afetar sua virgindade.
No entanto, em pleno século XXI, ainda há pessoas que limitam o sexo à penetração vaginal.
Para muitos, o conceito de virgindade está ligado ao rompimento do hímen e ao início de um novo ciclo.
Mas será que meninas que praticam sexo oral e/ou anal ainda são consideradas virgens?
Virgindade
A virgindade, especialmente a feminina, sempre foi vista como algo precioso a ser protegido e controlado pela família e pela sociedade.
Embora a preocupação com a virgindade tenha diminuído nas sociedades ocidentais, ainda existem resquícios dessa valorização em grupos religiosos e em alguns homens que veem a “desvirginização” como uma façanha.
No passado, a virgindade era importante para garantir a hereditariedade e distinguir as mulheres de família das outras.
Hoje em dia, ela é vista como algo raro e valioso, como uma obra de arte ou um vinho antigo a ser arrematado em um leilão.
Em 2012, uma brasileira de 21 anos e um rapaz russo se inscreveram para leiloar sua virgindade em um documentário australiano chamado Virgins Wanted.
Os lances para desvirginar a garota chegaram a meio milhão de reais, enquanto o lance máximo para o rapaz foi de três mil reais.
Isso mostra como a virgindade feminina ainda é vista como algo precioso e levanta a questão do fetiche pela condição de virgem.
A falta de diálogo sobre sexualidade entre adolescentes e seus tutores acaba reforçando mitos sobre a perda da pureza e o rompimento do hímen.
Pressão Social
A pressão social em torno do rompimento do hímen pode ser traumática para muitas garotas, que são submetidas a exames clínicos para comprovar sua virgindade.
Esses testes podem causar danos físicos e psicológicos nas examinadas e não são eficazes em comprovar a virgindade.
Apesar dos avanços na área médica, ainda há muitos mitos em torno do corpo feminino e do hímen.
Não há estudos conclusivos que indiquem que o hímen deva ser rompido pelo pênis, já que ele é elástico e pode se esticar e voltar ao seu tamanho natural.
Existem cinco tipos diferentes de hímen: o anular, o complacente, o septado, o cribiforme e o imperfurado.
O hímen imperfurado é o mais resistente e raro de todos, pois impede a passagem do fluxo menstrual e requer cuidados médicos.
Tipos de Hímen
Hímen anular: é o tipo mais comum e tem formato de anel com um furo no meio, por onde passa o fluxo menstrual. É elástico e pode se esticar facilmente sem causar dor.
Hímen complacente: é flexível e pode ser rompido aos poucos, durante as primeiras relações sexuais. É um tipo de hímen que não oferece muita resistência e pode não causar dor na primeira relação.
Hímen septado: tem uma pele no meio do furo e é mais resistente do que o hímen anular. Pode ser incômodo na primeira relação, mas não costuma causar dor.
Hímen cribiforme: tem vários pequenos buracos por onde passa a menstruação. É um tipo de hímen que pode ser mais elástico do que o anular, mas pode oferecer alguma resistência na primeira relação.
Hímen imperfurado: é o tipo mais raro e resistente de hímen, pois impede a passagem do fluxo menstrual. Requer cuidados médicos para ser corrigido e pode causar dor abdominal e retenção menstrual caso não seja tratado.
Conhecimento do Próprio Corpo
Estudos indicam que o contexto desempenha um papel fundamental no estímulo da sexualidade feminina.
Ou seja, a forma como nosso cérebro responde aos estímulos sexuais é influenciada pelas circunstâncias em que nos encontramos.
Um exemplo simples é a sensação de cócegas provocada pelo par.
Essa sensação pode ser bem recebida quando estamos em um estado de espírito leve, sedutor e confiante, mas pode ser irritante se estivermos chateadas com ele.
Ao entender esse processo, é possível desenvolver uma relação saudável com o próprio corpo, proporcionando conforto e segurança para vivenciar experiências futuras com prazer.
O conhecimento sobre o próprio corpo é fundamental para compreender a importância que damos a todos os estágios de nossa vida. A virgindade e sua superação fazem parte desses estágios, mesmo que seja através do uso de um vibrador.
A Escolhe Deve Sempre Ser Sua!
A saúde feminina ainda é afetada pela falta de direitos e conscientização, apesar das campanhas de autocuidado.
O número de pares sexuais está relacionado aos riscos de contrair doenças sexualmente transmissíveis, o que pode afetar a saúde reprodutiva e o bem-estar do feto.
Felizmente, o acesso à informação tem aumentado, beneficiando a nova geração de garotas que crescem em um ambiente familiar aberto ao diálogo e sem preconceitos.
A virgindade deve ser um assunto íntimo e pessoal, sem interferência de terceiros.
No entanto, é importante lembrar que a perda da virgindade é um evento significativo na vida adulta.
A decisão de esperar ou não, e com quem, deve partir da pessoa, sem angústia ou hipocrisia.
O importante é ter responsabilidade sobre essa escolha e cuidar da saúde física e emocional.
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