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Explorando o Universo do Corrimento Vaginal: Compreendendo o Normal e o Anormal

Corrimento Vaginal

Tópico: Corrimento Vaginal

A natureza dotou o corpo feminino com mecanismos complexos e refinados de autogestão, e um dos indicadores mais fascinantes dessa sabedoria interna é o corrimento vaginal.

Este fenômeno, muitas vezes mal interpretado, é na verdade um aspecto vital da saúde feminina, servindo tanto como um sinal de normalidade quanto como um alerta para possíveis desequilíbrios.

Entendendo o Corrimento Vaginal Saudável

É comum e completamente natural que mulheres experimentem alguma forma de secreção vaginal.

Este corrimento, tipicamente claro ou esbranquiçado e sem odor, é produzido pelo colo do útero e desempenha um papel crucial na manutenção do equilíbrio saudável da flora vaginal.

A secreção inodora não apenas facilita a limpeza interna, mas também cria uma barreira contra infecções, refletindo um ecossistema vaginal bem equilibrado.

Ocorrências fisiológicas como a gravidez, a ovulação, a puberdade, a menopausa, e o uso de contraceptivos podem influenciar a quantidade e a consistência do corrimento, indicando a resposta do corpo a diferentes fases e condições.

Indicadores de Corrimento Vaginal Anormal e Suas Causas

Apesar da presença de corrimento vaginal ser um sinal de saúde, alterações na sua cor, textura, ou odor podem sinalizar um desequilíbrio.

Sintomas como coceira, dor pélvica, sangramento inesperado, e desconforto durante relações sexuais (dispareunia) são sinais claros de que algo não está certo.

Estes sintomas podem ser provocados por uma variedade de fatores, incluindo o uso excessivo de duchas íntimas, que alteram o equilíbrio natural da flora vaginal, um número elevado de parceiros sexuais aumentando o risco de DSTs, o estresse físico causado por atividades como ciclismo e equitação, estresse emocional constante, ou o uso de antibióticos que podem desbalancear as bactérias benéficas.

Ao se deparar com alterações no corrimento vaginal, é essencial buscar orientação médica para identificar a causa e receber o tratamento adequado.

A compreensão e o cuidado com o próprio corpo são fundamentais para manter a saúde vaginal e o bem-estar geral.

Causas comuns de corrimentos vaginais anormais

As possíveis causas de corrimento vaginal anormal são várias, porém as mais comuns são:

  • Cândida, uma infecção fúngica particularmente corriqueira;
  • Vaginite, também chamada de vulvovaginite, é uma inflamação na região íntima da mulher, que acontece devido a infecção, alergias, alterações na pele, etc.;
  • Vaginose bacteriana, uma infecção bacteriana da vagina, como gardnerella, não infeccioso (causada por estresse mecânico, alergias, …);
  • Tricomoníase, uma infecção sexualmente transmissível (IST), motivada por um pequeno parasita;
  • Gonorreia ou clamídia, infecções sexualmente transmissíveis devido a bactérias; herpes genital, causada pelo vírus herpes simples (HSV).

Tipos de corrimento vaginal (anormal)

De acordo com as características de cada corrimento, implica-se diferentes situações infecciosas, tais como: Corrimento aquoso ou branco com coceira intensa Secreções líquidas e aquosas, ou espessas e brancas (como queijo cottage), é um indicativo de infecção por cândida.

Esta infecção fúngica causa coceira intensa, dor ao redor da vagina, e não têm um odor forte, e afeta comumente as mulheres de tempos em tempos.

Raramente ocorre por transmissão sexual, sendo facilmente tratada com medicamentos antifúngicos.

Corrimento branco ou cinza com cheiro de peixe Corrimento cinza ou com cheiro de peixe, especialmente após a relação sexual, indica uma vaginose bacteriana (VB). A causa mais comum é a Gardnerella. A vaginose indica um desequilíbrio das bactérias normais que residem na vagina.

Normalmente, não causa dor ou irritação. Como a cândida, é muito comum, e não é sexualmente transmissível. Sendo facilmente tratada com os remédios adequados.

Corrimento amarelado ou esverdeado A tricomoníase é uma infecção sexual motivada por um pequeno parasita. O corrimento pode ser denso e cheirar a peixe.

Outros possíveis sintomas são inchaço e coceira ao redor da vagina e dor ao urinar.

A tricomoníase é facilmente tratada com nitroimidazólicos, de preferência em dose única oral, para garantir maior aderência e eficácia no tratamento

Sangramentos

O sangramento vaginal é um dos sintomas ginecológicos mais frequentes em toda mulher.

Porém, qualquer perda de sangue, que ocorra fora do fluxo menstrual normal, deve ser avaliada pelo médico ou especialista (seja leve ou um sangramento maior).

Deve-se consultar imediatamente um médico, se os vazamentos estiverem associados principalmente a:

  • Dor pélvica;
  • Dor ao urinar;
  • Sangramento entre os ciclos ou após a relação sexual.

 

Pode ser uma infecção por clamídia ou gonorreia (ambas doenças sexualmente transmissíveis).

Ambas as condições são tratáveis com remédios específicos. Se o tratamento não for realizado, a infecção por clamídia ou gonorreia pode se espalhar e causar doenças pélvicas inflamatórias, infecções graves no útero, e ovários – ocasionando assim, problemas maiores de saúde.

Corrimento anormal com bolhas ao redor dos genitais O herpes genital pode ser doloroso, e causar bolhas vermelhas ou úlceras ao redor dos genitais e corrimento vaginal anormal. Surgem vesículas, que são bolhas pequenas, com conteúdo claro e transparente sobre uma área de pele avermelhada. Portanto, consulte imediatamente o seu médico nestes casos.

Desvendando as Causas Comuns de Corrimentos Vaginais Anormais e Seus Tipos

No complexo universo da saúde feminina, entender as nuances dos corrimentos vaginais é essencial.

Embora o corrimento vaginal possa variar de normal a anormal, identificar as causas comuns por trás das alterações pode ser o primeiro passo para garantir o bem-estar e a saúde íntima.

Aqui, exploramos as principais causas de corrimento vaginal anormal e seus tipos distintos, fornecendo insights valiosos sobre este tema delicado.

Principais Causas de Corrimento Vaginal Anormal

A gama de condições que podem resultar em corrimento vaginal anormal é ampla, mas algumas causas são mais frequentes do que outras:

  • Cândida: Esta infecção fúngica, conhecida por causar secreções semelhantes ao queijo cottage, é marcada por coceira intensa e desconforto, mas felizmente não possui um odor forte. Raramente transmitida por contato sexual, pode ser tratada eficazmente com medicamentos antifúngicos.

  • Vaginite (ou Vulvovaginite): Inflamação na área íntima feminina, provocada por infecções, alergias ou irritações, que pode causar corrimento juntamente com outros sintomas desconfortáveis.

  • Vaginose Bacteriana: Um desequilíbrio na flora vaginal normal que resulta em corrimento com odor de peixe, especialmente após relações sexuais. Gardnerella é um agente comum, mas a condição não é considerada sexualmente transmissível e pode ser tratada com medicamentos específicos.

  • Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs): ISTs como tricomoníase, gonorréia e clamídia podem causar corrimentos de cores e consistências variadas, acompanhados por outros sintomas. Estas infecções requerem tratamento imediato para evitar complicações.

  • Herpes Genital: Caracterizado por bolhas dolorosas e corrimento anormal, o herpes genital é uma infecção viral que demanda atenção médica imediata.

Tipos de Corrimento Vaginal Anormal e Seus Indicativos

  • Corrimento Aquoso ou Branco com Coceira Intensa: Sugere infecção por cândida, trazendo desconforto significativo, porém tratável com medicamentos antifúngicos.

  • Corrimento Branco ou Cinza com Cheiro de Peixe: Indicativo de vaginose bacteriana, sinalizando um desequilíbrio bacteriano que não necessariamente causa dor ou irritação.

  • Corrimento Amarelado ou Esverdeado: Associado à tricomoníase, esta IST pode causar sintomas como inchaço, coceira e dor ao urinar, mas é tratável com medicamentos específicos.

  • Sangramentos Fora do Ciclo Menstrual Normal: Qualquer sangramento inesperado, especialmente se acompanhado de dor pélvica ou durante a micção, merece avaliação médica urgente, pois pode indicar infecções como clamídia ou gonorreia.

  • Corrimento Anormal com Bolhas nos Genitais: Sintoma característico do herpes genital, requer diagnóstico e acompanhamento médico.

O entendimento profundo dessas causas e tipos de corrimento vaginal anormal não apenas empodera as mulheres a reconhecerem sinais de alerta, mas também reforça a importância de procurar orientação médica para um diagnóstico preciso e tratamento adequado. 

A saúde íntima feminina é um pilar crucial do bem-estar geral, e manter-se informada é o primeiro passo para protegê-la.

Corrimento vaginal anormal: tratamento

Os tratamentos oferecidos diferem de acordo com as infecções, cujas origens dependem de muitos fatores: idade, atividade sexual, metabolismo de estrogênio, etc.) e estilo de vida (hábitos, tipo de sabonetes usados, ducha, sexualidade, etc.).

O exame clínico da área vulvar e vaginal com espéculo, a aparência e o cheiro do corrimento orientará rapidamente o médico a dar o seu diagnóstico.

O profissional pode ainda medir a acidez das secreções, que são menos ácidas do que o normal durante uma infecção bacteriana ou por trichomonas.

E ainda, colher uma amostra da secreção vaginal, para que seja realizado um exame citoparasito-bacteriológico em busca do elemento infeccioso.

O corrimento vaginal incomum é um reflexo de uma infecção, na maioria das vezes relacionada a más condições locais, à acidez da vagina ou irritação da área.

Portanto, um exame clínico e um diagnóstico preciso são essenciais para tratar o corrimento de forma eficaz, mas também para evitar recorrências, complicações (extensão da infecção às trompas, dor crônica ou mesmo infertilidade) ou contaminação do parceiro.

Higiene íntima: preservando o equilíbrio da flora vaginal

A higiene íntima é um conjunto de ações diárias que previnem infecções nos órgãos genitais: a vulva, primeiro, mas principalmente a vagina.

Lembrando que a vagina é composta por uma flora vaginal, esta abriga vários tipos de bactérias, boas e ruins, que convivem em harmonia.

O equilíbrio da flora é muito frágil e deve ser protegido. A higiene íntima feminina deve ser realizada apenas na região da externa para mantê-la limpa e seca.

A limpeza deve ocorrer pelo monte púbico, grandes e pequenos lábios da vulva e na região perianal.

Exceto, em situações prescritas pelo profissional, em que pomadas ginecológicas devem ser introduzidas na vagina para sanar algum transtorno.

O que evitar para uma boa higiene íntima

Para manter o equilíbrio da flora vaginal, aqui estão algumas ações a serem evitadas:

  • Banhos muito frequentes. Uma boa higiene íntima não significa higiene excessiva! Dois banhos por dia, por exemplo: manhã e noite, são suficientes para evitar odores desagradáveis;
  • Roupas muito apertadas, pois favorecem o desenvolvimento de bactérias devido ao atrito e falta de ventilação;
  • Desodorantes e sabonetes perfumados que podem causar coceira, irritação e favorecer o desenvolvimento de infecções fúngicas na região vulvovaginal (utilize sabonetes sem perfume e com pH adequado é o ideal);
  • Não trocar a roupa íntima todos os dias, isto é prejudicial para a saúde da vagina;
  • Douching (ou seja, lavar o interior da vagina). A vagina se limpa sozinha, então não há necessidade de lavá-la por dentro. Isso pode ser muito agressivo para a flora vaginal, promovendo o desenvolvimento de bactérias;
  • Roupa molhada: a umidade favorece a proliferação de bactérias.

 

Ter uma boa saúde íntima ajuda a controlar o pH ácido da vagina, mantendo as bactérias boas (como os lactobacilos) saudáveis e as ruins sob controle.

Com bons hábitos de higiene, é possível não desequilibrar o pH natural e, consequentemente, prevenir infecções e o corrimento vaginal anormal.

Mas, caso esteja sofrendo um corrimento incomum, sangramentos ou dores pélvicas, é recomendado consultar um ginecologista para entender melhor esse fenômeno. 

Abordagens Efetivas no Tratamento do Corrimento Vaginal Anormal: Da Avaliação à Prevenção

O tratamento do corrimento vaginal anormal é uma questão de saúde íntima que requer atenção personalizada, levando em consideração fatores individuais como idade, estilo de vida, e histórico sexual da paciente.

A abordagem diagnóstica e terapêutica adotada pelo profissional de saúde é crucial para a resolução eficaz deste problema, bem como para a prevenção de recorrências e complicações potenciais.

Diagnóstico Preciso: A Base do Tratamento Adequado

O ponto de partida para o tratamento eficaz do corrimento vaginal anormal é um exame clínico detalhado, incluindo a inspeção da área vulvar e vaginal com um espéculo.

A aparência e o odor do corrimento são indicativos importantes que podem orientar o médico rapidamente em direção a um diagnóstico.

Além disso, a medição do pH das secreções vaginais pode fornecer informações valiosas, pois uma acidez reduzida é típica de infecções bacterianas ou por Trichomonas.

Uma amostra do corrimento também pode ser coletada para análise citoparasito-bacteriológica, identificando o agente infeccioso específico.

Manutenção da Higiene Íntima: Preservando o Equilíbrio da Flora Vaginal

A higiene íntima desempenha um papel fundamental na prevenção de infecções e no equilíbrio da flora vaginal.

A limpeza deve ser focada na região externa, evitando práticas que possam perturbar o equilíbrio natural, como douching (lavagem interna), uso excessivo de sabonetes perfumados, e o uso de roupas íntimas muito apertadas ou úmidas.

Essas práticas podem favorecer o desenvolvimento de condições desfavoráveis, como o crescimento excessivo de bactérias nocivas.

Consultas Médicas: Quando Procurar Ajuda

É essencial buscar orientação médica diante de qualquer sinal de corrimento vaginal anormal, sangramento, ou dor pélvica.

A intervenção precoce de um ginecologista não só facilita um diagnóstico correto e o tratamento eficaz, mas também previne o desenvolvimento de complicações sérias, como infertilidade, dor crônica, e a propagação de infecções para o par.

Considerações finais

A gestão do corrimento vaginal anormal envolve não apenas tratamentos específicos para a condição diagnosticada, mas também uma abordagem integrada que inclui educação sobre higiene íntima e mudanças no estilo de vida.

Ao adotar práticas de cuidado apropriadas e procurar avaliação médica quando necessário, é possível manter a saúde íntima, prevenir infecções recorrentes, e garantir o bem-estar geral.

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